segunda-feira, 19 de junho de 2017

LEGADO OLÍMPICO

Por Lucas Mabelini

Um dos legados olímpicos é o Velódromo Municipal de Indaiatuba. Com o custo de mais de 6 Milhões de Reais de verbas federais e municipais, numa cidade de aproximadamente 235 mil habitantes pouco mais de 80 pessoas se cadastraram para usá-lo, sendo necessárias bicicletas "speed" sem freios e com catraca fixa.

Segundo a Secretaria de Esporte Lazer e Juventude (Selj), o velódromo não tem ainda um convênio assinado com a Secretaria de Esporte Lazer e Juventude (Selj) do Estado de São Paulo para a implantação do Centro de Iniciação e Treinamento ao Ciclismo de Pista no velódromo da cidade, diferente do que foi anunciado no início do ano pela administração. 

O Velódromo, é mais uma daquelas obras milionárias das olimpíadas que serão usadas, mas não o suficiente e nem beneficamente para a população e até para atletas.  O prefeito entregou um ofício solicitando apoio na implantação do Centro de Iniciação e Treinamento ao Ciclismo com a aquisição de equipamentos de ciclismo. O pedido foi encaminhado e segue em análise de documentação e demais requisitos. Os Centros de Formação e Excelência Esportiva passam atualmente por um programa de reformulação e terão todas suas condições, legislação e requisitos publicados ainda no primeiro semestre de 2017. 

A prefeitura foi questionada sobre a assinatura do convenio com o valor, porém não deu informações sobre o caso. Já a Secretaria do Estado informou que não dá para saber quais cidades vão receber os Centros de Formação e Excelência Esportiva porque o convênio não foi assinado. Somente após a publicação do novo edital, com todas as condições, requisitos e valores, é que serão firmados contratos.

Área do Velódromo em Indaiatuba-SP (Foto: Divulgação)


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Após 10 meses, Campinas fica sem representantes olímpicos

                                                                                                Por Julia Rodrigues

A saída do central Mauricio Souza e do líbero Tiago Brendle da equipe do Brasil Kirin deixou Campinas sem remanescentes olímpicos. Medalhistas com a Seleção Masculina de vôlei, eles seguiram os passos de atletas como Arthur Nory, Solonei Silva e Thiago Braz, e darão continuidade na carreira em outras cidades.
Os dois jogadores, Mauricio Souza e Tiago Brendle, participaram do ouro no vôlei masculino no time de Bernardinho e contribuíram para o time de Campinas terminar a última Superliga em quarto lugar. Mas sem renovar o contrato, no entanto, Souza e Brendle deixaram a equipe, agora os dois assinaram com o Sesc, time da capital, para o período 2017/2018.
Arthur Nory, nascido em Campinas, chamou a atenção do Brasil com a medalha de Bronze na Ginástica ao lado de Diego Hypolito. O atleta já vinha se destacando desde o Mundial, quando ficou em quarto lugar, e trocou o campineiro Regatas pelo Pinheiros, na capital paulista.  Assim como ele, Thiago Braz representou o Brasil no salto com vara e conquistou o ouro diante de um dos favoritos, mas após o sucesso optou por deixar a equipe do Orcampi/Unimed Campinas para treinar em carreira solo com Vitaly Petrov, o mais respeitado técnico de salto com vara do mundo. Os treinos são revezados entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Por fim o maratonista Solonei Silva também integrava a equipe do Orcampi/Unimed Campinas, mas após a sua participação na Olimpíada trocou a cidade para atuar no Pinheiros – a exemplo de Arthur Nory.

Para recuperar o espírito olímpico dos campineiros, a Prefeitura Municipal anunciou uma parceria com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para transformar a Arena do Concórdia, um dos clubes mais tradicionais da cidade, em um CT para todas seleções da categoria. O objetivo é devolver a tradição deste esporte para Campinas, que já possuiu grandes times, como a Ponte Preta de Hortência e Paula na década de 90. Para o secretário de Esportes, Dário Saadi essa parceria é muito importante para o basquete brasileiro e com isso ele espera que essa iniciativa atraia mais adeptos ao esporte, “com certeza é uma vitória para o esporte de Campinas e com isso esperamos poder formar novos atletas”, completou o secretário. 

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Muito além do esporte

                                                                                           Por Júlia Rodrigues

Durante muito tempo o esporte foi considerado um esporte masculino. Até 1979 as mulheres não tinham direito de praticar lutas ou jogar futebol, pois essa prática era considerada inadequada para o gênero feminino. Apesar de nas últimas décadas o número de mulheres no esporte ter aumentado, ainda é possível notar as diferenças entre os homens e mulheres no que diz respeito às práticas esportivas.
Segundo um estudo da ONU, existem fortes evidências de que a participação feminina no esporte pode quebrar estereótipos de gênero e melhorar a autoestima das mulheres, contribuindo assim para o desenvolvimento de habilidades de liderança. E é por isso que os países desenvolvidos estão cada vez mais incentivando a prática do esporte para as mulheres principalmente, como forma de derrubar as barreiras existentes entre esses gêneros.
                                                                                                


De acordo com a filósofa Maria das Graças, formada pela Universidade de São Paulo, especializada em comportamentos humanos, isso acontece porque quando as mulheres praticam esporte, elas tem a chance de mostrar que podem ser fortes e capazes de competir e conseguir alcançar os seus objetivos assim como os homens, “possibilitando demonstrar, não somente a força física, mas também a liderança e o pensamento estratégico” afirma a psicóloga.
Isabela Pereira é atleta de tênis e conta que antes de começar a jogar, ela era uma pessoa completamente fechada, “não costumava me envolver com as pessoas e não acreditava que eu poderia melhorar a minha autoestima apenas praticando esportes”. Hoje, ela diz que com o esporte, ela pode perceber que não existe uma barreira que separa homens e mulheres além de categorias diferentes. Todas podem competir e dessa forma mostrar que são capazes de conquistar vitórias e a partir delas crescer cada vez mais, tanto no esporte, quanto na vida social. “Depois que eu vi o quanto o tênis mudou minha vida, sou uma pessoa completamente nova, feliz, com uma autoestima elevada e principalmente puder ver que eu posso ser o que eu quiser ser” afirma Isabela.
Hoje as mulheres tem muito mais visibilidade no esporte, porém ainda está presente a discriminação, seja com o público ou com as atletas. Pode-se perceber isso através da mídia. A cobertura midiática do esporte feminino é muito inferior à cobertura do masculino. Segundo um estudo realizado pela BBC Sports, também é possível enxergar essa diferença entre gêneros através da premiação, o estudo concluiu que a premiação do esporte feminino é 30% mais baixa do que a do masculino.  Maria das Graças ressalta que para um avanço no mundo tanto social quanto profissional, é necessário buscar essa igualdade de gênero e isso faz que com o empoeiramento das mulheres sejam essenciais para um desenvolvimento sustentável.

    Primeiro encontro feminino de tênis realizado pela Liga Jundiaense de Tênis.
(Foto: Júlia Rodrigues)


Em busca de permanência, Ponte Preta lança time feminino para 2017

Por Pedro Orioli

Atendendo às exigências do Profut, a Ponte Preta lançou, no início de março, seu time feminino para a temporada de 2017. Comandada por Ana Lúcia Gonçalves, uma das pioneiras do futebol feminino em Campinas, a equipe é composta por 18 jovens atletas, sendo que muitas delas já integraram a seleção brasileira sub-20. O lançamento fez parte de uma parceria que o clube assinou com a Prefeitura de Valinhos, através da Secretaria de Esportes do município, e conta, também, com apoio das empresas Pilot e CAIXA.

Jogadoras da Ponte Preta fazem grande campanha no primeiro ano da equipe
(Foto: Divulgação)

Com a parceria, a equipe realiza jogos que não são televisionados no estádio Eugênio Franceschini, em Valinhos, e os transmitidos no Moisés Lucarelli, em Campinas. Toda a estrutura à disposição das atletas também é localizada na cidade vizinha. “A expectativa fazer um grande trabalho. Manter a Ponte na elite e poder retribuir tudo o que ela nos oferece. A estrutura é fantástica, temos todo o suporte. Vamos lutar para retribuir com bons resultados para que esse projeto possa ter sucesso e continuidade”, afirma a técnica Ana Lúcia.

Eduardo Porto, Ana Lúcia Gonçalves e Rodrigo Ribeiro no
lançamento do time no Moisés Lucarelli (Foto: Divulgação)
Com a ajuda de parceiros e a estrutura de Valinhos, o acordo permite que a Ponte Preta desenvolva um trabalho de alto nível em uma modalidade que, mesmo encontrando dificuldades, cresce a cada ano e ganha espaço não só no Brasil, mas também em todo o mundo. " A parceria permite que nossas atletas disputem um campeonato de alto rendimento a custo zero para a municipalidade. Mais que isso, garante investimento e dignidade a esta categoria. Sabemos que vamos enfrentar gigantes do futebol brasileiro, mas nunca podemos esquecer que a Ponte também é uma gigante. Levaremos com muito orgulho o nome de Valinhos para todo o Brasil", diz o secretário municipal Rodrigo Ribeiro.

No Brasileirão, primeiro campeonato disputado, o objetivo de permanecer na primeira divisão foi garantido. As meninas pontepretanas ficaram com a sétima colocação da chave 2, que contava, também, com Santos, Rio Preto/SP, Flamengo, Ferroviária/SP, Foz Cataratas/PR, São José/SP e Vitória. Porém, no Campeonato Paulista, a evolução é nítida, já que a Macaca possui aproveitamento de 70% dos pontos disputados e está na segunda colocação com 17 pontos, quatro atrás do líder Rio Preto.

“Estamos muito orgulhosos de termos estas meninas, dentre as quais temos inclusive atletas de seleção brasileira, vestindo o manto alvinegro. Inicialmente havíamos pensado em montar a equipe do zero, mas avaliamos que seria mais interessante valorizar atletas que já atuam no esporte, por isso fizemos esta parceria pela qual o Valinhos Futebol Feminino passa a ser a Macaca”, conta Eduardo Porto, co-diretor de Marketing e responsável pelo projeto do futebol feminino da Ponte Preta.


Número de mulheres que praticam muay thai aumenta

Por Lucas Mabelini

O muay thai já foi considerado como uma das lutas mais violentas, por exigir extremo contato físico, chutes e socos. Tradicional da Tailândia, o muay thai era inicialmente praticado por homens, sem nenhuma proteção, resultando em graves hematomas.

Essa realidade está mudando, pois essa luta traz muitos benefícios para a saúde e hoje essa arte cresce no meio feminino. E os motivos são vários, como a perda de peso, a melhora da autoestima, disciplina e controle de doenças, como o sedentarismo.

Seja por conta da possibilidade de um corpo sarado até a autodefesa, é inegável que cada vez mais presenciamos mulheres praticando as artes marciais. Júlia Giacomin, que pratica muay thai a 5 anos, começou a fazer artes marciais para defesa pessoal. “Estava em busca de manter minha defesa pessoal, não pela estética.” 

Júlia Giacomin aquecendo para aula 
(Foto: Lucas Mabelini)

Já Giovanna Maximiano começou a gostar de luta depois que viu vídeos na internet. “Eu nunca achei que fosse gostar de luta, mas depois dos vídeos achei bem interessante, tanto para defesa como estética, eu precisava diminuir meu peso.”

Espaço físico da academia
(Foto: Lucas Mabelini)

O professor da academia Maromba, Henrique Abreu, diz que o número de mulheres que praticam aumentou muito, porque segundo ele, luta virou uma atividade física, e hoje as mulheres totalizam 55% do total de alunos na academia. E após uma aula de defesa pessoal para mulheres, a procura por muay thai e jiu-jitsu aumentou em cerca de 50%.

  

Pela primeira vez na história, clube de Campinas disputa torneio da FPF


Por: Renata Souto

Jogadoras do Clube Bonfim Recreativo de Futebol Feminino em Campinas (SP)
(Foto: Arquivo Pessoal)

O Clube Bonfim Recreativo de Futebol Feminino de Campinas (SP) disputa pela primeira vez torneio oficial organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), o Campeonato Paulista Sub-17. A participação só foi possível pela revogação da lei, que vigorou até1983, que proibia a formação de times femininos para futebol. 

Carlos Alberto Miyasada, técnico do time de futebol feminino
Foto: (João Marcos Carneiro)
O coordenador e técnico Carlos Alberto Miyasada, lembra que a história do futebol feminino é muito nova. “As primeiras ligas começaram a ser organizadas com a revogação da lei”. Para ele, entrar para o torneio oficial é um grande acontecimento. “Ainda precisa criar uma estrutura com centros de treinamentos, alimentação e transporte”, afirma. O custo para se investir num time feminino, aponta, gira em torno de 500 mil reais por ano. “E o que é isso para um time grande? Esse valor paga o reserva do Corinthians”, compara.

De acordo com uma matéria publicada pelo site Futebol no Brasil, as mulheres que decidem seguir essa carreira sofrem com a falta de incentivo e o preconceito de uma cultura machista.  No Brasil, o futebol feminino ainda enfrenta a falta de patrocínio e divulgação.

Mesmo com preconceito e não tendo tanto incentivo como o futebol masculino, as meninas estão mandando ver no campeonato. De acordo com o site da FPF, nos últimos seis jogos disputados, o time feminino venceu os cinco primeiros com goleadas e perdeu apenas o último por 2x1 contra o Ferroviária. O próximo jogo, da 11ª rodada, acontece no dia 20 de Maio contra o Suzano.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Os benefícios da prática esportiva para a terceira idade

 Por Renata Souto

Um levantamento feito pelo Associação Brasileira de Academias (ACAD-Brasil), mostrou que a cada três frequentadores, um é idoso. Em 2010, apenas 5% dos matriculados eram idosos, hoje já são 30%. Seja para fazer malhação, hidroginástica, pilates etc, a taxa da terceira idade nas academias aumenta a cada ano.

Os alunos se exercitam na piscina por uma hora
(Foto: Renata Souto)
O professor de hidroginástica Allison Roberto Machado, formado em Educação Física, diz que é possível notar a melhora nas dores de seus alunos com a prática dos exercícios frequentemente: "A gente tenta sempre adaptar os exercícios para eles fazerem no ritmo deles, mas a gente tem que fazer eles acelerarem, senão não adianta". A média de idade dos seus alunos é de 70 anos, mas ele afirma que possui alunos de 84/85 anos que fazem coisas que alguns jovens não conseguem.  

Áda e Maria Cruz se conheceram naaula
(Foto: Renata Souto)
A aposentada Maria Cruz é aluna de hidroginástica desde 2004.  Aos 82 anos, ela vai para a academia três vezes por semana, de ônibus, e as dores que sentia antigamente não são mais um problema em sua vida. “Eu não penso em parar as aulas tão cedo, me sinto muito bem frequentando aqui”. Outro exemplo de força de vontade é a aluna Áda Dav Lopes, de 87 anos, que pratica a hidroginástica desde 2006. Ela conta que ir para a academia é um prazer, já que em casa não se tem nada além da televisão. “Além de ser bom para a minha saúde, aqui eu tenho amigos, o que é bom para me distrair”.

De acordo com a UEF (Universo Educação Física), o exercício físico faz bem para o corpo e, também, para a cabeça. Através da prática, o idoso tem a possibilidade de melhorar a sua coordenação motora e reflexos, protegendo-se de possíveis acidentes aos quais pode ficar mais vulnerável com a idade. Além disso, relaxar e estar em contato com outras pessoas, é essencial para aqueles que vivem sozinho. O esporte resgata a autoestima, o prazer e a motivação.  

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Ponte Preta unifica cuidados com atletas

Por Pedro Orioli

A Medicina Esportiva segue uma evolução constante e a Ponte Preta decidiu unificar todos os tratamentos envolvendo seus atletas amadores e profissionais. Encarando a fisioterapia, fisiologia, nutrição, odontologia, psicologia e estatística como peças fundamentais e determinantes no alto rendimento esportivo, o time mais antigo do país aderiu à modernização e criou o IMAP - Instituto de Medicina e Avaliação da Performance, coordenado pelos médicos Roberto Nishimura, Eduardo Bassi e Hésojy Gley. 

Parte da estrutura que possui o IMAP (Foto: Divulgação)
O objetivo principal do IMAP é determinar com facilidade e margem de segurança a condição atlética individual de cada jogador, intervindo para um melhor tratamento fisioterápico e buscando um aumento de rendimento. O coordenador Nishimura ressalta a estrutura que possui o clube e sua importância para a obtenção de grandes resultados. “Estamos no mesmo nível dos grandes. O trabalho da equipe interdisciplinar é fundamental nesse sentido. Desde a parte de nutrição, passando pela fisiologia, fisioterapia, departamento médico e preparação física, junto a estrutura encontrada na Ponte, considero nosso clube posicionado entre as principais instituições do país”, garante.

Nishimura classifica a tecnologia como aliada para que os atletas estejam preparados e o número de lesões diminua cada vez mais. “Durante o ano nós temos competições, então a condição física do atleta vai da sua saúde, acima de tudo. Quando o atleta está saudável, ele consegue desempenhar seu treinamento físico/técnico e esse conjunto multidisciplinar consegue detectar nível de fadiga, de desequilíbrio muscular e essa equipe da fisiologia, nutrição e preparação física faz com que consiga atuar pontualmente. Para que isso aconteça nós temos hoje uma estrutura de equipamentos e de tecnologia que detectam e antecipam uma lesão”, detalha o médico. 

Profissionais de fisioterapia, fisiologia, nutrição, odontologia, psicologia e estatística
compõem o IMAP da Ponte Preta (Foto: Gazeta Press)

Uma expansão do Instituto de Medicina e Avaliação da Performance já é prevista por parte da Ponte. “Estamos projetando a aquisição de novos equipamentos. Os orçamentos já estão feitos, através da Lei de Incentivo ao Esporte, principalmente para fomentar a categoria de base. Havendo essa capitação vamos lançar o IMAP 2, que são atualizações dos equipamentos, e utilizar ainda mais a tecnologia para avaliação e monitoramento dos atletas. Não é à toa que ficamos em oitavo lugar no Campeonato Brasileiro”, finalizou Nishimura.

O esporte na cura da depressão

Por Júlia Rodrigues

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 5,8% da população brasileira é depressiva, o primeiro país da América Latina em número de pessoas depressivas e o segundo com maior prevalência nas Américas. O país fica atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9% de depressivos.

A depressão, segundo a psicóloga Paula Fernandes, da Unicamp, é um transtorno de humor ou afeto, com sentimento de tristeza profunda e desesperança, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos no indivíduo. Os indícios da doença são perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias, além da falta de ânimo. Os fatores que levam à depressão estão relacionados à história familiar, sexo (feminino tem maior propensão para transtornos depressivos), idade mais avançada, parto recente, acontecimentos estressantes, dependência de droga e violência doméstica.

O tratamento indicado para essa doença não é apenas remédio de tarja preta. O esporte é a receita mais recomendada por psicólogos e psiquiatras. Isso porque o esforço físico prolongado afasta pensamentos negativos e provoca impacto positivo sobre o cérebro emocional, com sensação de bem-estar. Paula Fernandes aponta que “o exercício ajuda a recuperar a capacidade física e a independência dos pacientes que convivem com essa doença”.
    
Paula explica que os resultados da prática de exercício são diferentes. “Se for moderado, como uma caminhada, há mudanças no estado de humor primário da pessoa, e uma redução na tensão. Se for mais intenso, como aeróbica, há uma redução na energia e na tensão”, exemplifica.
    
A publicitária Alessandra Moraes, 34 anos, sofreu com depressão aos 25. Conta que a fase mais difícil foi não saber o que acontecia com ela. Quando aceitou sua doença, iniciou o tratamento com medicamentos, porém provocavam efeitos colaterais. Foi ai que o esporte entrou na sua vida. “O esporte deve ser algo que traga prazer, para se ter resultados”, afirma. Alessandra prática lutas há quase 10 anos, prática que mantem elevado a endorfina e aumenta a autoestima.

Porcentagem da população depressiva nos países da América Latina